Sopro
“O espírito, o sopro, ‘vagueia de um lugar para outro e daí regressa à sua origem, ocupa qualquer corpo (…) Dos animais passa para os homens e de nós para os animais e nunca morre; tal como a cera dúctil toma novas fguras, nunca permanece como era, nunca retém a mesma forma, e no entanto é a mesma, assim a alma é sempre a mesma, digo- vos, mas migra em formas mutáveis'”. (Ovídio, As Metamorfoses)
“Partilhamos o nosso sopro de vida com todos os seres vivos presentes e futuros. É Gaia que respira em nós. A respiração de um novo ser produz uma nova partilha e fortalece o corpo comum: remodelamos o corpo de todo o planeta e construímos novas alianças entre as formas. Cada ser vivo é um micro Leviatã que reúne os corpos mais díspares e heterogéneos de diferentes formas.”(Coccia, Emanuele. Metamorfosi. Torino, Giulio Einaudi Editore, 11 Mar. 2022.)