Silêncio
O silêncio é o som do vazio.
É o espaço da intuição.
É a prerrogativa da escuta, o lugar do sagrado: esvaziar-se, preparar-se para receber.
“A cela e o livro são as salas da solidão e do silêncio. Da solidão, a cela, não cabana de ramos no deserto, nem prisão murada, mas colocada no centro do homem: o coração que nunca dorme, vigilante na escuta, metáfora absoluta da cela e metonímia de toda a pessoa humana”. (Pozzi, Giovanni. Tacet. Milão, Adelphi, 2013).
A solidão é, portanto, necessária para encontrar o outro.
O Silêncio Perfeito é a arte de desvelar e revelar a Verdade.
“O silêncio é a matéria de que é feita a linguagem, porque no silêncio está a realização (perfeição) do mundo e das coisas, porque o silêncio é o mesmo não-ser que permite a subsistência última das coisas no mundo.” (U. Regina, Heidegger. Esistenza e Sacro, Morcelliana, Brescia 1974, p. 272.)